terça-feira, 17 de setembro de 2013

O que é ser Ovodoara? Doação de óvulos

CONHECIMENTOS GERAIS

A primeira gestação resultante de uma ovodoação ocorreu em 1984. A paciente tinha falência ovariana prematura, ou seja, entrou precocemente na menopausa. A doação de óvulos é realizada no Brasil pelo IPGO há mais de 10 anos, é ética e legal, contanto que não haja fins comerciais e seja anônima. Portanto, a doadora não saberá a identidade da receptora e vice-versa - é o que determina a lei e a ética. Chamamos de doadora a mulher que será estimulada para um ciclo de fertilização in vitro, do qual resultará a produção de vários óvulos e destes, metade (doação compartilhada) será doado para uma outra mulher que não tem mais capacidade de produzi-los - esta é a receptora.
A receptora terá que ter seu útero preparado com hormônios antes de receber o(s) embrião(ões) e os mesmos terão que ser mantidos até o terceiro mês de gestação quando a placenta passa a ser a responsável pela manutenção da mesma.
Após o terceiro mês, a gestação evolui normalmente sem a necessidade de suporte hormonal; o pré-natal é igual ao de uma gravidez concebida naturalmente e a mãe poderá amamentar sem nenhuma diferença de uma gravidez espontânea.

AVALIANDO SELECIONANDO AS PACIENTES DOADORAS

No Brasil a ovodoação é obrigatoriamente anônima, ou seja, nem a doadora nem a receptora sabem a identidade de uma ou de outra. Diferente dos Estados Unidos onde a receptora pode escolher uma doadora conhecida. No Brasil também não é permitida nenhuma transação comercial neste tipo de tratamento. A doação deve ser voluntária e sem fins lucrativos. No IPGO, a candidata a doadora, além de um exame clínico e laboratorial rigoroso, deve preencher um questionário detalhado sobre sua vida pessoal e médica incluindo detalhes sobre antecedentes e características familiares. Detalhes físicos como tipo e cor dos cabelos e olhos, peso e estatura são incluídos neste questionário, acompanhados de uma foto de quando era criança para que a receptora tenha uma idéia da fisionomia de quem lhe doará os óvulos.
Assim ela se sentirá mais segura sem o risco de um reconhecimento futuro. Solicitamos também que escrevam um pequeno texto que reflita os seus sentimentos e traços da sua personalidade que darão maior ênfase às suas características íntimas. Hábitos como tabagismo, alcoolismo e uso de drogas devem ser questionados. As doadoras não são buscadas ao acaso, na maioria das vezes, elas estão fazendo também um tratamento para engravidar (doação compartilhada) em decorrência de problemas de fertilidade do marido (poucos espermatozóides ou ausência deles), entretanto, mesmo assim, são submetidas a exames para a pesquisa da fertilidade. Todas as sorologias como sífilis, HIV, hepatite e HTLV devem ter sido realizadas há menos de 6 meses e um cariótipo para descartar translocações balanceadas também deve ser solicitado.

COMO É FEITA A DOAÇÃO DE ÓVULOS

O ciclo de doação de óvulos é realizado pela Técnica de Fertilização in vitro na qual os gametas femininos (óvulos) de uma mulher (doadora) são doados a outra (receptora) para que sejam fertilizados. A fertilização é realizada no laboratório com espermatozóides do marido da receptora. A doadora será estimulada com hormônios injetáveis para aumentar a produção de óvulos naquele mês. Após a coleta, quando o processo for realizado pela doação compartilhada, metade dos óvulos serão fertilizados com os espermatozóides do marido da doadora e a outra metade com os espermatozóides do marido da receptora.
Vinte e quatro horas após a fertilização sabemos quantos embriões se formaram, estes permanecem no laboratório por 2 a 5 dias e após serem selecionados serão colocados no útero através de um cateter por via vaginal. Não há necessidade de sedação.
Desta forma, o(s) embrião(ões) transferido(s) para o útero da receptora, será(ao) formado(os) pelo espermatozóide do próprio marido e o óvulo de uma doadora. A receptora recebe dois únicos hormônios (estradiol e progesterona) para o preparo do endométrio a fim de receber os embriões, pois não existe indução de ovulação. A taxa de sucesso de gravidez é a mesma da paciente doadora que tem idade ao redor de 30 anos(50%).

SINCRONIZANDO A DOADORA E A RECEPTORA

Uma vez escolhida a doadora pela receptora e tendo ambas assinado os termos de consentimento podemos iniciar o tratamento.
Existem vários protocolos que podemos utilizar para sincronizar as duas como, por exemplo, os análogos do GnRh, o uso de pílulas anticoncepcionais ou o uso concomitante de análogos e antagonistas de GnRh. O importante é fazer com que as duas possam iniciar juntas o tratamento. A doadora iniciará com injeções para estimular a ovulação enquanto a receptora iniciará com medicações via oral para preparar o útero para receber o embrião.

TRATAMENTO DA DOADORA

A doadora será submetida a um tratamento convencional de fertilização in vitro - FIV.
A técnica é relativamente simples e sua execução pode ser dividida em 6 fases:
TRATAMENTO DA DOADORA
FIV 1ª FASE - Bloqueio dos hormônios do organismo
Consiste no bloqueio inicial do funcionamento dos ovários com medicação adequada. Esta medicação é chamada de Agonista do GnRH. Com essa técnica, garantimos com maior precisão o acompanhamento do desenvolvimento folicular (óvulos) bem como o dia da captação dos mesmos. Após essa fase inicial de bloqueio, são realizadas dosagens hormonais e exames ultra-sonográficos que comprovam o estado de "repouso" do sistema reprodutor. Este bloqueio pode também ser realizado numa fase mais tardia, ao redor do 7º/ 8º dia do ciclo, após já ter sido iniciada a estimulação dos ovários. Esta medicação é chamada de Antagonista do GnRH. A decisão pelo bloqueio precoce ou tardio vai depender de cada caso.
FIV 2ª FASE - Estímulo do crescimento dos óvulos
Após o bloqueio, passamos, a seguir, à Fase de Estimulação propriamente dita, quando medicamentos injetáveis são administrados. As dosagens são reguladas de acordo com as necessidades e pelos exames realizados sistematicamente durante esta fase (hormônios e ultra-som).
Em um momento adequado, é administrado um medicamento específico para ocorrer a maturação ovular e realizamos a ASPIRAÇÃO DOS ÓVULOS ao redor de 35 horas após. As doses e os horários das medicações têm influência direta no horário da captação dos óvulos. Os efeitos colaterais são discretos e os mais comuns desses medicamentos são dores de cabeça, perda de apetite, dor abdominal e dor no local das injeções. Nesse último caso, a massagem e o calor local (compressas) podem aliviar esses sintomas.
FIV 3ª FASE - Aspiração e recuperação dos óvulos
TRATAMENTO DA DOADORA
A paciente deverá comparecer à Clínica de Reprodução Humana aproximadamente 34 horas após a administração do último medicamento (HCG). Em jejum, em horário pré-estabelecido em uma sala adequada, será dada uma medicação para relaxar e dormir alguns minutos. Com auxílio do ultra-som, uma agulha especial e um aparato para sucção, os óvulos são colhidos por via vaginal e encaminhados para análise. Em +/- 60 minutos em um quarto em repouso, a paciente será liberada, podendo executar atividades normais no mesmo dia, mas que não exijam destreza ou concentração (24 horas).
AMOSTRA SEMINAL: Será colhida no dia da aspiração. Após a preparação adequada, a amostra será examinada e encaminhada para o processo de fertilização.
FIV 4ª FASE - Fertilização dos óvulos
TRATAMENTO DA DOADORA
Os óvulos após a ASPIRAÇÃO são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade. Posteriormente, a fertilização poderá ocorrer de duas maneiras:
1) FIV convencional: Os óvulos são colocados em uma incubadora no laboratório, junto dos espermatozóides, em condições ambientais semelhantes às encontradas na trompa uterina - local onde normalmente ocorre a fecundação.
2) ICSI Injeção IntraCitoplasmática do eSpermatozóIde; Quando a quantidade de espermatozóides for pequena, os óvulos serão fertilizados através da micromanipulação dos gametas injetando-se um espermatozóide em cada óvulo. Em casos especiais em que houver problemas mais graves de espermatozóides podem ser utilizadas técnicas avançadas como a IMSI Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection), também chamada de Hight Magnification Morfological Selection, Super ICSI ou "ICSI de Alta Magnificação" (www.ipgo.com.br/imsi.html)
Em ambas as técnicas, após 18 hs da coleta dos óvulos, é confirmada a fertilização e, assim, passam a se chamar EMBRIÕES.
Atualmente com a alta tecnologia dos laboratórios em identificar os melhores, o numero de embriões transferidos, raramente ultrapassa a2.
FIV 5ª FASE - Transferência do(s) embrião(ões) para o útero
TRATAMENTO DA DOADORA
Novamente, de 2 a 5 dias após a aspiração dos óvulos, a paciente deverá retornar a Clinica de Reprodução Humana no horário pré-determinado e sem estar em jejum. Sem necessidade de anestesia, é introduzido um pequeno cateter pela vagina em direção ao colo do útero até atingir a cavidade uterina (semelhante à Inseminação Artificial). É um momento nobre e delicado. A transferência de embriões deve ser da maneira menos traumática possível. A passagem do cateter deve ser um movimento delicado, pois as chances de gravidez têm muita ligação com este momento. Trata-se de um procedimento simples, mas que exige tranqüilidade, um bom relaxamento da paciente e experiência do médico. Após essa etapa, a paciente ficará deitada por cerca de 20 a 30 minutos, retornando posteriormente para casa com atividades físicas limitadas e orientada sobre as restrições deste período de espera do resultado que virá pela frente.
FIV 6ª FASE - Suporte hormonal
Após a transferência dos embriões, realizamos um controle rigoroso das condições hormonais a fim de mantê-los em níveis satisfatórios para um adequado desenvolvimento embrionário intra-uterino. Assim, ao redor do 5º dia após a aspiração (ou coleta) dos óvulos é realizado um exame de sangue para esta avaliação, o qual é repetido no 11º dia após a transferência juntamente com o Teste de gravidez. Se houver necessidade, são modificados ou acrescentados hormônios para normalizar eventuais deficiências.

TRATAMENTO DA RECEPTORA

Em um ciclo natural, quando o óvulo começa a amadurecer dentro do ovário ele inicia a produção de estradiol , o qual age no endométrio fazendo com que este se espesse para poder receber o embrião. Se a receptora estiver bloqueada pelo uso do análogo do GnRh ou estiver na menopausa teremos que dar estrogênio para iniciar este preparo endometrial. Enquanto a doadora esta sendo estimulada, a receptora estará usando estrogênio e as duas serão avaliadas periodicamente pelo ultra-som transvaginal durante aproximadamente 10 dias. Quando a doadora estiver pronta para colher os óvulos a receptora iniciará o uso da progesterona, hormônio importantíssimo na segunda fase do ciclo menstrual e na manutenção da gestação inicial. Existem também várias maneiras de darmos a progesterona (cápsulas gelatinosas vaginais, comprimidas orais, gel vaginal ou injeção intramuscular).
O inicio da progesterona coincide com o dia anterior da coleta de óvulos da doadora.
Após a coleta, metade os óvulos doados serão fertilizados com os espermatozóides da receptora (doação compartilhada) e a transferência dos embriões será realizada entre os dias 2 e 5 após a coleta do óvulos. O número de embriões a ser transferidos depende de vários fatores como a qualidade dos embriões, aspecto e espessura do endométrio, falhas em tratamentos anteriores e será decidido junto com o médico assistente. Após a transferência o suporte hormonal com estrógeno e progesterona é obrigatório e será continuado até o terceiro mês de gravidez.
Cada clinica deve manter um registro de todas as doadoras e receptoras bem como dos resultados de cada tratamento, de preferência até o nascimento dos bebês. Além de serem confidenciais, a confiabilidade dos arquivos médicos deve ser respeitada como qualquer outro. A liberação de informações só poderá ser feita mediante autorização expressa do paciente.

Espero ter esclarecido sobre o assunto.

Para maiores informações sobre a doação de óvulos podem entrar em contato com a Mariana do IPGO. 
email: mariana@ipgo.com.br
Ou pelo site www.ipgo.com.br
ou por telefone: 11 3885-4333 / 11 3884-3218.
Beijos

2 comentários:

Yeda disse...

Eu gostei muito das informações que encontrei. Elas fáceis de serem entendidas. São informações muito importantes. Estas informações me esclareceram muitas duvidas, tiraram meus medos, me incentivou a não desistir e persistir em alcançar este grande sonho. Sou cristã e creio que se for da vontade de Deus, no tempo Dele tudo ira acontecer e dar certo. Caroline obrigada pelas informações, pela ajuda, continuem ajudando com mais informações as muitas mulheres que desejam sentir esse amor incondicional através da maternidade. Yeda

Anônimo disse...

DOAÇÃO COMPARTILHADA
Tenho interesse em fazer doação compartilhada(Custo total do procedimento por conta do casal receptor), sou branca, cabelos castanhos claros lisos, olhos verdes, não bebo nem fumo,ensino superior cursando, tenho 29 anos, moro em Brasília. para mais detalhes entre em contato pelo e-mail brasiliadfjk@gmail.com

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